Da série: coisas que eu odeio.

Eu odeio ir ao supermercado. Detesto. Tenho pavor.
A causa dessa minha implicância toda é uma só: o supermercado, depois do transporte público, é o lugar onde as pessoas se sentem mais a vontade para mostrar o quanto não são civilizadas.
Saí do trabalho na hora do almoço e resolvi dar uma passada no estabelecimento em frente ao colégio para pegar pouca coisa, pão de forma, detergente, café, itens de primeira necessidade que acabam de repente. É um supermercado grande, devo dizer, e encontrava-se bem cheio ao meio dia.
E aí começa. Tias batendo papo bem em frente à banca dos tomates, ocupando todo o espaço disponível. Carrinhos abandonados atravancando corredores inteiros (custa parar o carrinho direito? custa?). Crianças berrando agarradas a pacotes de salgadinho. Gente se empurrando para tomar um suco vagabundo da demostradora. Pessoas que não precisam ocupando o caixa preferencial. Cidadãos completamente desprovidos de noção passando compras do mês no caixa rápido.
Aliás, um adendo sobre o caixa rápido. Neste mercado em questão há dois tipos: o de dez itens e o de vinte. Eu pergunto, caro leitor: Por que um caixa rápido de vinte volumes NÃO é viável?
.
.
.
.
.
Elementar: Porque as pessoas não sabem fazer conta e, incrivelmente, os caixas menos ainda. É fácil, só de olhar, dizer se há até dez itens dentro de um carrinho. Distinguir entre vinte e cinquenta, por outro lado, exige do ser humano uma habilidade absurda. A pessoa precisaria ser, no mínimo o Dustin Hoffman em Rain Man para enxergar a diferença. E isso torna os caixas rápidos de vinte volumes um tremendo desperdício de plaquinhas.

Supermercado - transformando seres humanos em animais desde 1916.

Comentários

Postagens mais visitadas