Palhaços somos nós

Verdade seja dita, em 1991 eu tinha doze anos e estava cagando para a política do país. Ainda assim taquei guache na cara e peguei o metrô até a Paulista para participar das manifestações "Fora Collor". Afinal, era uma desculpa irrefutável para matar aula. Ainda assim eu lembro bem daqueles dias, das musiquinhas que nós cantávamos e de ver as pessoas se emocionando diante de um telão no dia em que o impeachement saiu.
Foi uma "vitória legítima do povo"? Lógico que não. Na época passava "Anos Rebeldes" na TV e todo achou legal a idéia de protestar, sair às ruas, gritar palavras de ordem. Todo mundo queria ser a Malu Mader. Ainda assim, foi uma vitória.
Mas aí o tempo passa, né? E quando a gente menos espera, topa com notícias como essa:

Em disputa acirrada, Collor vence Ideli e ganha comissão do Senado


E tem vontade de morrer de catapora. Ou tentar se suicidar a lá Didi Mocó. Porque parece piada mesmo.

Comentários

  1. Também fiquei bege. E lembrei de uma célebre frase, cujo autor eu agora não me lembro: "Cada país tem o governo que merece".
    E tenho dito.
    Beijos!!!

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