O que o orkut diz sobre mim

Eu abomino textos apócrifos. Também odeio a Starbucks, cachorros Pinscher, legendas brancas, pessoas pseudo-indignadas, roupa combinando e gente que tem mau gosto pra usar photoshop, não sabe utilizar aspas ou acentua indevidamente certa palavra de baixo calão. Não sei jogar truco, falar ao telefone nem dirigir. Sou professora e vou pro céu. Queria parar de comer carne mas não consigo, por isso me contento em freqüentar um restaurante indiano-vegetariano uma vez por mês. Sinto saudade do meu pai. Gosto de filmes violentos, de escritores e de cinema argentinos, de tango, de “Alice no País das Maravilhas”, de piadas internas e trocadilhos infames. Não perco uma ponta de estoque e nenhum filme do Wes Anderson, do Charlie Kaufman ou do Woody Allen. Ouço uma bandinha norueguesa mais ou menos obscura e acho que as músicas do David Bowie parecem canções de ninar. Leio Asterix. Não sou fria nem calculista. Me casaria com o Zach Braff e sou viúva do Marlon Brando e do Marcello Mastroianni. Acho que o Cauby Peixoto é Deus e que todos os gatos são lindos. Sou viciada em café e meu francês é bem bizarro. Subcelebridades e clichês me fascinam. E 59 comunidades orkutianas dizem muito pouco sobre mim.

Comentários

  1. Também sou professor. A gente se encontra no céu.

    E quem inventou legenda branca tem que arder no inferno.

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  2. Você esqueceu das unhas vermelhas e dos cachos! Você devia patentear!!!
    Beijos!

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