Minha FFLCH querida

Sou uma cria da Faculdade de Letras da USP, como negar? Guardo meus manuais de linguística como se valessem uma mega-sena acumulada e ando por aí com uma camiseta que ostenta "New York City" em caracteres fonéticos. Apesar de ter passado meus cinco anos lá reclamando, de vez em quando sinto falta de um ou outro professor, das tardes passadas no Centro Poliesportivo, das festinhas em outros blocos de sexta a noite, da imensidão da biblioteca. Mas uma visitinha à faculdade na terça feira a noite me fez lembrar de tudo que NÃO me faz a menor falta na querida FFLCH:

- Os gordinhos histéricos afeminados gritando nos corredores.
- O café expresso nojento da lanchonete.
- Os hippies espalhados por todos os cantos (os que fumavam maconha entre as árvores perto do prédio das Sociais, principalmente).
- As filas eternas no xerox.
- As centenas de calouros perdidos atravancando os corredores todo começo de ano.
- A completa falta de sentido do Sistema Júpiter (que controlava nossas matrículas, trancamentos, notas e etc...).
- O sofá sujo e lotado do centro acadêmico.
- As perguntas sem sentido do povo que se achava espertão só porque leu 40 páginas do "Ulysses", do James Joyce.
- As "professorinhas" com camiseta do Smilinguido.
- Por fim, a certeza de que Renato Russo compôs o verso "festa estranha com gente esquisita" numa "ManiFesta" de sexta a noite da Letras USP.

Comentários

  1. As professorinhas com camiseta/fichário do Smilinguido e os gordinhos histéricos acho que são exclusividade da Letras. Concordo com todo o resto, a não ser o "festa estranha com gente esquisita", que na minha opinião se refere à Quinta & Breja da ECA.

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