Apocalipse

Ontem as crias (a.k.a. meus aluninhos) resolveram que era dia de se comunicar num tom vários decibéis acima do recomendado pela OMS. Todos. De todas as dez salas pelas quais eu passo na quarta feira. A balbúrdia era tanta que ao chegar em casa, um pouci mais surda que o normal, vislumbrei um futuro aterrador.

Começo a achar que está próximo o dia em que nós (professores do Brasil-il-il) simplesmente não conseguiremos mais. Em um futuro não muito distante será impossível juntar mais de dez crianças em uma sala de aula e efetivamente lecionar, já que elas, num processo evolutivo (ou involutivo, sei lá) from hell perderão de vez a capacidade de permanecer sentadas por mais de dois minutos consecutivos ou de conversar em um tom administrável pelo ouvido humano. Seis anos nessa vida tem me mostrado que as coisas caminham nessa direção.

Pode ser só minha fértil imaginação. Mas algo me diz que vai acontecer.

Comentários

  1. Essa semana precisei explicar à minha tutora porque não farei concurso público para lecionar no Estado, nem em lugar nenhum que não seja minha casa, com meu grupo máximo de 3 alunos. Do contrário, atacar apagador vai ser pouco.

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