A faca mais afiada da gaveta parte II - a missão

Namorado diz que eu sou destrambelhada. Acho justo. Meus problemas com atenção, pensamento rápido e resolução de problemas me levaram a desistir, por exemplo, de dirigir, atividade essa que me torna instantaneamente um perigo em potencial para mim e para a sociedade.

Namorado deveria, entretanto, conhecer os pais do colégio onde trabalho. Imagino que sua opinião sobre mim mudaria na mesma hora.

Ontem de manhã tivemos a ~maravilhosa~ festinha de dia das mães. As genitoras amam. As professoras enlouquecem tendo que, um dia a mais na semana, tomar conta não só das crianças que correm feito loucas por todos os lados bem dos adultos que aparentemente não fazem ideia do que estão fazendo lá.

E não sabem mesmo, coleguinhas. Ontem estava eu mais uma vez correndo de um lado para o outro atrás de nem lembro o que quando sou interrompida por uma mãe aflita:

"Professora, sabe o que é? Meu marido perdeu o carrinho do meu filho em algum lugar aqui na festa. Se alguém encontrar você poderia me devolver?"

"Claro, como é o carrinho?"

"É um carrinho de bebê. Do meu filho mais novo."

UM.CARRINHO.DE.BEBÊ. O pai tinha perdido o carrinho onde ele transporta o filho que ainda não sabe andar.

Quase perguntei se o bebê não estava no carrinho na ocasião. Porque dada as circunstâncias, né?

Pais do meu Brasil fica o pedido: antes de procriar façam pelo menos um teste psicotécnico, por favor.

Comentários

  1. "Pais do meu Brasil fica o pedido: antes de procriar façam pelo menos um teste psicotécnico, por favor. " - ja reparoiu que parece o contrario? Quem passa no teste eh quem nao tem filhos! hahaha

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  2. Sabe o que é o pior? Antes de terminar de ler o post, eu já tinha entendido que era um carrinho de bebê, e não um de brinquedo. Indício de que quendo esperamos o pior, ele acontece.

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