Post atrasado de carnaval

Essa coisiquinha tchuc tchuc toda feliz na foto abaixo sou eu:



Essa outra, não tão feliz, também.




Essa última, meio "num tô entendendo issaqui", euzinha:


Eu gosto de me fantasiar até hoje, imaginem então quando criança. Era uma festa. Tenho muitas, incontáveis fotos minhas vestindo fantasias de todos os tipos, menos um: eu nunca tive fantasia de princesa.

Não, lá em casa não éramos feministas nem descoladas (se bem que minha mãe é sim, feminista sem saber). Só acho que nos anos 80 as coisas não eram tão quadradinhas como são hoje - menina gosta de rosa, de princesas, de coisas fofinhas. Eu tive Barbies, muitas. Mas mais do que Barbies, eu tive opção. Eu podia entrar numa loja de roupas e de brinquedos e escolher qualquer coisa - inclusive as rosas e fofinhas, se me agradassem (não agradavam, vide minhas fotos de criança).

Tente comprar qualquer coisa para uma menina de seis anos hoje (sim, eu tentei) pra ver o que acontece: você fatalmente será soterrado por bonecas, joguinhos e fantasias de princesa. Se quiser comprar livros, olha, tá quase que igualmente lascado - é praticamente tudo no mesmo naipe. E, sem generalizar mas já fazendo: experimente tentar presentear a pequena com alguma coisa mais ~alternativa ~. Grandes chances de levar um olhar reprobatório dos pais.

Ano passado, no bailinho de carnaval da escola, as meninas se dividiam em princesas, obviamente, e uma ou outra fantasia clássica (havaiana, baiana, odalisca, etc.). De repente no meio delas, surge aquela que sempre foi meio descolada mesmo - vestida de ovo frito. Juro. Felizona. Me deu vontade de procurar a mãe na saída pra dar um abraço.

Porque eu não quero um mundo de menininhas vestidas de ovo frito. Quero um mundo de menininhas felizes porque podem vestir qualquer coisa. .

Comentários

Postagens mais visitadas