Contribuindo para a humanidade

Dizem que existe no cinema uma certa regra dos 20 anos (acho que são 20, sei lá, me corrijam). Ela diz que se você assistir aos filmes que amava na infância depois de 20 anos e ainda gostar deles, é porque eles são bons mesmo. No meu teste já tinham sido aprovados Conta Comigo e Labirinto. Nesse fim de semana foi a vez de Os Goonies.

O que é que tem para não amar em Os Goonies? Tem tiros, perseguições, defuntos, piratas, piadas de peido, música da Cindy Lauper e até uns beijinhos adolescentes entre o gatinho e a cheerleader. E tem Sloth, gente. Como não amar o Sloth?

Eu gostava tanto dos Goonies quando era criança que, na feira de ciências da escola, inventei de reproduzir o esqueminha de abrir o portão da casa do Mickey. Descobri a tempo que seria missão impossível já que os Goonies foi dirigido pelo Spielberg e eu contava apenas com a minha mãe, os moleques do grupo e meia dúzia de palets pra realizar minha obra.

Sábado teve festa do pijama na escola. Dormimos lá, eu, a secretária, o segurança e mais 15 crianças entre 9 e 12 anos. O plano era cansar bastante todo mundo com caça ao tesouro, pega-pega, Just Dance, pizza e, lá pela meia noite, baixar a adrenalina e botar a galerinha pra dormir com um filme. E eu resolvi fazer um favor para essa geração e apresentar os Goonies pra eles.

Eu já tinha tentado antes e fracassado. Eu entendo. Para a molecada de hoje um filme com efeitos especiais modestos, ritmo um pouquinho mais lento e, o horror, o horror, que não tem 3D nem foi lançado semana passada já entra automaticamente na categoria "aff, que bosta". Mas eu sou brasileira e resolvi tentar de novo.

E deu certo. 15 crianças que riram, não piscaram os olhos e até soltaram uns "oooh!" de vez em quando. No fim do filme veio um "gostei, tchítcher!"

Mission accomplished. Já fiz minha contribuição para a humanidade, beijos.

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