A irmandade do quilo
Eu sou professora de inglês e durante boa parte da minha vida trabalhei em 476 lugares diferentes ao mesmo tempo, o que significa que eu nunca tive um rotina para coisas básicas tipo: almoçar. Almoçava quando dava, onde dava, o que dava.
Hoje eu coordeno uma escola de idiomas e minha rotina ficou mais tranquila, então almoço todo dia no mesmo lugar, um quilo vegano a dois quarteirões da escola. Não sou vegana mas gosto de lá porque é barato, a comida é deliciosa e carne, ovo e laticínios não fazem muita falta na minha dieta, então tudo bem. E quando a gente almoça sempre no mesmo lugar e no mesmo horário parece que surge a ~irmandade do quilo~. No caso, do quilo vegano, o que traz ainda mais personagens para nossa confraria. Fazem parte da irmandade do Delícia Natural (sim, é esse o nome do restaurante) das 12h00 às 12h40:
- Os moleques com uniforme do colégio adventista que fazem um Everest de alface, tomate e cenoura no prato.
- As velhinhas que pegam um colherada de absolutamente TUDO que estiver no bufê.
- O casal hipster que bate altas DRs diárias. O moço guarda a mesa enquanto a moça se serve mesmo o restaurante estando vazio.
- As crianças do colégio adventista que pulam a salada e comem só macarrão e pizza. (Cês acham que vegano só come mato?)
- O gringo que escolhe cada folha de rúcula que vai colocar no prato como se a vida dele dependesse disso. Nunca fique atrás do gringo. Repito: nunca.
- A moça de cabelo super liso, super comprido e super preto que deve estar tentando converter a galera do escritório, pois cada dia aparece com um colega diferente.
- As professoras do ensino fundamental do colégio adventista que se sentam bem no cantinho para não ter que interagir com os alunos.
- A tiazinha que vai lá todo santo dia e ainda assim faz questão de perguntar o que é cada coisa quando não tem plaquinha.
- O homem que trabalha no banco e leva muito a sério esse negócio de irmandade do quilo porque outro dia faltou me abraçar na fila da Caixa Econômica.
- O professor de história do colégio adventista (Todos os adventistas são veganos gente? Me expliquem) que usa cachecol mesmo no calor e adora falar bem alto sobre como ele é idealista e vai mudar o mundo.
- A magrela que almoça sozinha, sempre repete a quiche de abóbora e nunca pula a sobremesa. (euzinha)
Acho que deveríamos elaborar um cumprimento secreto. Desses que só essa gente esquisita que não come carne, ovo ou laticínios conseguiria reconhecer.
Hoje eu coordeno uma escola de idiomas e minha rotina ficou mais tranquila, então almoço todo dia no mesmo lugar, um quilo vegano a dois quarteirões da escola. Não sou vegana mas gosto de lá porque é barato, a comida é deliciosa e carne, ovo e laticínios não fazem muita falta na minha dieta, então tudo bem. E quando a gente almoça sempre no mesmo lugar e no mesmo horário parece que surge a ~irmandade do quilo~. No caso, do quilo vegano, o que traz ainda mais personagens para nossa confraria. Fazem parte da irmandade do Delícia Natural (sim, é esse o nome do restaurante) das 12h00 às 12h40:
- Os moleques com uniforme do colégio adventista que fazem um Everest de alface, tomate e cenoura no prato.
- As velhinhas que pegam um colherada de absolutamente TUDO que estiver no bufê.
- O casal hipster que bate altas DRs diárias. O moço guarda a mesa enquanto a moça se serve mesmo o restaurante estando vazio.
- As crianças do colégio adventista que pulam a salada e comem só macarrão e pizza. (Cês acham que vegano só come mato?)
- O gringo que escolhe cada folha de rúcula que vai colocar no prato como se a vida dele dependesse disso. Nunca fique atrás do gringo. Repito: nunca.
- A moça de cabelo super liso, super comprido e super preto que deve estar tentando converter a galera do escritório, pois cada dia aparece com um colega diferente.
- As professoras do ensino fundamental do colégio adventista que se sentam bem no cantinho para não ter que interagir com os alunos.
- A tiazinha que vai lá todo santo dia e ainda assim faz questão de perguntar o que é cada coisa quando não tem plaquinha.
- O homem que trabalha no banco e leva muito a sério esse negócio de irmandade do quilo porque outro dia faltou me abraçar na fila da Caixa Econômica.
- O professor de história do colégio adventista (Todos os adventistas são veganos gente? Me expliquem) que usa cachecol mesmo no calor e adora falar bem alto sobre como ele é idealista e vai mudar o mundo.
- A magrela que almoça sozinha, sempre repete a quiche de abóbora e nunca pula a sobremesa. (euzinha)
Acho que deveríamos elaborar um cumprimento secreto. Desses que só essa gente esquisita que não come carne, ovo ou laticínios conseguiria reconhecer.
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