Meu nome é Paula. Eu acredito em justiça social. Eu voto para que pessoas com menos oportunidades que eu possam ter uma vida melhor porque eu reconheço que vivo no privilégio. Eu sou: feminista, por acreditar que mulheres e homens devem ter os mesmos direitos; a favor das cotas, por saber que nem todos começamos a vida em condições de igualdade; a favor dos direitos dos LGBTs, por entender que eles ainda são um dos grupos que mais é vítima de violência neste país; e da legalização do aborto, por acreditar que a única pessoa responsável pelo corpo de uma mulher é ela mesma. Eu acredito que bandido bom é bandido julgado, condenado e quem sabe recuperado.

Eu também sou filha, irmã, tia, sobrinha. Eu sou aquela menina que vocês viram nascer e crescer. Eu me tornei uma mulher honesta, trabalhadora e responsável, que ama muito minha família. EU NÃO SOU UMA AMEAÇA. Entretanto, pelos motivos descritos no primeiro parágrafo, segundo o nosso novo presidente, é isso que eu sou. Eu sou a comunista comedora de criancinhas porque para ele tudo que eu acredito (e que é o MÍNIMO que qualquer pessoa com empatia pelo ser humano deveria acreditar) é comunismo e, mesmo sem saber direito o que é isso, ele já determinou que ele é ruim e que vai destruir nosso país. Então antes de bradar por aí que o comunismo destruiu o Brasil, lembrem-se que é isso que eles chamam de comunismo: amar ao próximo e esperar que ele tenha as mesmas oportunidades que você, do alto do seu privilégio, teve.

Teve um cara aí que vocês gostam bastante que nos ensinou a amar ao próximo. Mas eu acho que muitos de vocês se esqueceram disso.


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