Passos largos

Conversa de sala dos professores é sempre a mesma coisa: falar mal do marido, da coordenação, dos alunos. O assunto hoje era o beijo trocado por um aluno e uma aluna da quarta série, dentro da sala aula.
A primeira reação foi de choque: "Mas como assim, foi beijo de língua?" Apurando-se os fatos, descobriu-se que não, tratava-se apenas de um selinho. O garoto envolvido, depois de uma bronca da mãe, pediu desculpas à professora usando as seguintes palavras:
"Professora, primeiro a minha mãe me deu uma bronca por estar fazendo estas coisas dentro da sala de aula. Depois disse que 'menos mal que foi com uma menina e não com um menino'."

E assim medimos a largura dos passos com os quais nos dirigimos ao fim do mundo.

Comentários

  1. Too much ado for nothing...

    Podia ser bem pior. Quando eu mesmo era aluno, na 6ª série, um garoto resolveu brincar de estilingue dentro da classe. Com um compasso como munição. Acertou a orelha duma menina que, desesperada, quis revidar enfiando o compasso no moleque. Se não fosse o professor intervindo hoje o garoto estaria de tapa-olho por aí.

    Que se beijem, pelo amor de Deus!

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  2. Passos? Que passos?
    Estamos indo ao fim do mundo de moto.

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  3. Essa é uma preocupação que eu teria se fosse mãe. Não por ter preconceito contra homossexuais, coisa que de fato aceito com naturalidade. Mas o medo maior é do meu filho virar EMO e começar a andar com aquele cabelo ensebado, maquiagem, chorando por qualquer coisa...

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  4. Essa merece ter um futuro Jorge Lafond dentro de casa

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