Srta. Língua Gigante ataca novamente

A amiga Bruna, que me conhece há mais de uma década (oi, velhice chegando), já foi testemunha da minha capacidade de me auto-constranger falando mais do que deveria. O problema é que padeço de uma condição até comum entre a população chamada "língua mais rápida que o cérebro." Eu poderia passar o feriado listando as vezes em que essa patologia me colocou em situações no mínimo embaraçosas, mas como tenho amor próprio bem como vergonha na cara, não o farei - me restringirei a narrar o último episódio no qual este problema se manifestou.

Sim, meus alunos do curso de idiomas são fofos. Mas, num universo de cerca de cinquenta pesssoas, é de se esperar que ao menos uma seja uma mala. E essa moça é daquelas bem pesadas. Sabem o tipo que interrompe a aula a cada dois minutos para falar, em português, de algum assunto completamente aleatório à lição? Esse mesmo.

Estava lá trabalhando um diálogo de lanchonete. Grudei na parede uma foto de um atendente feliz, fui colocando as falas na lousa, fazendo os alunos repetirem, e tal. Em determinado momento, quando o atendente diz: "Enjoy your meal", tive a brilhante idéia de fazer uma piadinha:

"Esse atendente tão simpático com certeza não trabalha no Burger King, né gente?"

Ao que a mala imediatamente responde:

"Eu já trabalhei no Burger King, tchítcher!"

Menos profissional fosse, teria respondido: "E você também era mal educada como TODOS os atendentes da quela joça?"

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