Sobre mudanças

Eu sempre mudei muito. De escola, de casa, de cidade, de cabelo, de casa de novo, de cidade de novo, de casa, de cabelo, de trabalho.

E eu detestava essas mudanças. Tinha pavor. Sendo essa pessoa mega-ultra-blaster sociável que alguns de vocês tem a sorte (cof, cof) de conhecer pessoalmente, vão imaginando o problema. Numa dessas mudanças, mais precisamente a de 2004, de São Paulo para Sorocaba, eu chorava sozinha ouvindo Life for Rent da Dido e fazendo aquele drama gostoso tipo eu-vou-perder-todos-os-meus-amigos-de-São-Paulo-e-vou-morrer-de-tédio-nessa-cidade-onde-sinal-de-status-é-parcelar-bolsa-da-Victor-Hugo (Sorocabanos, vocês são lindos, mas tô mentindo?).

Mas aconteceu o seguinte - eu fui me adaptando. Oito anos e muitas outras mudanças depois, me conformei que elas são parte desse pacote chamado "existência" e elas não me assustam mais, nem um pouco. Pelo contrário. Eu as abraço, até as procuro e as recebo com um sorriso - elas são um sinal de que a vida segue.

Adendo: faltou dizer que, com a mudança para Sorocaba, eu não só não perdi meus amigos de São Paulo como ganhei uma amiga queridíssima e para a vida inteira, a Carlota. Prova de que mudanças, por mais assustadoras que pareçam, sempre podem trazer algo de bom. As vezes algo de muito bom.

Comentários

  1. Que lindo, Paulinha! Me identifiquei 100% e admiro a sua coragem que eu ainda não tenho. Mudar me apavora. Mas admito que é emocionante.

    Mas amei mesmo a descrição de status sorocabaiano. Depois que morei lá, tomei desgosto pela Victor Hugo. Go figure essa gente...

    Beijo!

    ResponderExcluir
  2. Haha, Carlota, adicionei um adendo no post para ti!

    ResponderExcluir
  3. SUALINDA!!! Você é daquelas pessoas que me fazem ter vontade de ir morar em SP...

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas