Coxinhas (nos dois sentidos)

Eu queria saber se paulistano sempre foi burro mesmo ou é um negócio que vem acontecendo de uns anos pra cá. Porque o que eu vi ontem só burrice explica.

Fomos ao Paris 6 ontem. Lugar famosinho, tipo bistrô francês. Foco no tipo, porque é bem tipo mesmo.

Começa com a fila na porta nível Outback de shopping no sábado a noite. Galera de pé, na calçada, enquanto garoava. Se minha amiga já não estivesse lá dentro eu teria dado meia volta e ido ao Sancho, sem discussão.

Entrei. Apertadinho, lotado e com um decoração cafona. E UM banheiro. Sério. Se eu fosse o dono investia alguns dos milhões de reais que ele deve estar ganhando vendendo carpaccio com três fatias de carne a 37 reais num banheiro a mais, porque né. Fila pra toilete é coisa de balada tosca.

Daí você olha o cardápio. Imenso, interminável, cada prato com um nome francês bem afrescalhado (ainda que seja apenas um croquete de carne) acompanhado do nome de uma celebridade qualquer. Cafooona. Debaixo do pastel de queijo a Ellen Roche, a historinha: "Em homenagem à eterna musa da televisão brasileira"

Ellen Roche e eterna musa da televisão brasileira na mesma frase. Apenas ~risos~ Acho que podemos encerrar a resenha com essa informação. Mesmo porque depois do carpaccio com três fatias meus amigos resolveram ir embora pra se arrumar para uma festa. Os outros dois que não iam à festa e eu decidimos que não dava pra ficar lá e na tentativa de exorcizar tanta coxinhice rumamos para o baixo Augusta.

Fomos parar em um bar na Frei Caneca que serve espetinho de coxinha. Sim, vocês leram certinho. Temos foto do cardápio. Sim, como é que ninguém tinha pensado nisso antes?

O de coxinha tinha acabado, fiquem com o de bolinha (inha?) de queijo.

Saímos de um restaurante de coxinhas e fomos um que serve espetinho de coxinha. Muito melhor que o pastel de queijo a Ellen Roche, certeza. 

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