Sobre livros emprestados

A coleguinha Bruna propôs no Facebook que listássemos os livros que emprestamos a alguém e que nunca nos devolveram. Eu jamais conseguiria fazer esta lista por motivos de: sou uma emprestadora compulsiva de livros. Sou daquelas que, no meio de uma conversa, solto um "Você já leu livro tal? Não? Você vai adorar, quer emprestado?" E se ele não voltar mais pra mim é porque nunca me pertenceu, risos.

Eu tenho prazer em dividir histórias boas com as pessoas. Livros são pra isso, para ser compartilhados. Há toda uma satisfação em ouvir minha mãe dizendo o quanto tinha gostado de 1933 foi um ano ruim ou receber um e-mail fofo do meu sogro me contando que tinha se identificado muito com A menina que roubava livros. Tenho uma lista interminável de livros que não tenho a menor ideia de onde estão - espero que tenham sido passados pra frente, daí sim a missão deles seria mais que cumprida.

Acabei de dar minha trilogia Divergente para a secretária da escola. Tinha emprestado o primeiro e quando ela me pediu o segundo já levei logo o terceiro e deixei com ela definitivamente. Vou ler de novo? Não vou. Vão ficar lá juntando poeira. Que outros leiam então.

O diário de um cucaracha, do Henfil, um dos meus livros mais adorados na pré-adolescência, foi um livro "roubado." Era da minha tia, meu pai pegou emprestado e nunca devolveu. Eu e minha irmã escondíamos o livro toda vez que a tia ia nos visitar, de medo que ela resolvesse pegá-lo de volta. Ela nunca pegou. Meu pai e minha tia já partiram e, vejam vocês: um livro emprestado/roubado é uma das lembranças mais doces que eu tenho dos dois.

Emprestem seus livros, amiguinhos. Vocês não imaginam a felicidade que isso proporciona. Para todo mundo.

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