O sol e eu

Sol querido, não me leve a mal. Gosto de você. Gosto do calor, de poder ir trabalhar de saia, de usar vestidos levinhos e coloridos, de ter vontade de tomar uma cerveja geladinha em plena quarta-feira. Gosto quando você fica aqui com a gente por mais um tempinho entre Outubro e Fevereiro. Gosto de como você me deixa corada, com um arzinho um pouco menos amarelado.

Pena que você não gosta de mim. Você me maltrata, sol. Algumas horinhas com você em toda a sua glória de Janeiro são suficientes para me deixar com dor de cabeça e no corpo. Se eu realmente abusar, até vômito e febre fazem parte do pacote. Não estou falando de um episódio ou dois não, sol. Você sabe que todo ano eu espero pela "primeira insolação do verão" que aparece infalivelmente entre Dezembro e Janeiro. E não precisa muito não, viu. Basta uma caminhada de meia hora na praia de bata e chapéu.

Isso sem contar a total falta de habilidade da minha pele em se bronzear. Aliás, bronzear é uma palavra muito forte. Minha pele é incapaz de adquirir uma cor uniforme, qualquer que seja. Ainda se fosse uniformemente vermelha, mas não importa quão bem eu espalhe a desgraça do protetor solar 30, no fim do dia eu terei manchas em lugares que eu nem sabia que queimavam. Um inferno.

Te amo, sol. Mas dependendo do dia eu acordo e é assim que você está me olhando.


Comentários

  1. Acho que eu sofreria muito com esse relacionamento, sendo uma pessoa naipe protetor solar fator 50, mas, embora eu aprecie o sol, não faço questão da companhia, também não abuso. Às vezes, eu tenho que sair na rua no horário de almoço, olho para o sol e penso: TÁ APELANDO, HEIN.

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