Diário do mês sem álcool II

Acho que ter escolhido o final do ano para colocar em prática meu mês sem álcool só comprova que eu não sou assim muito esperta porque né? Novembro e Dezembro são aqueles meses de altas comemorações e tals.

Sábado teve aniversário do meu padrasto, na chácara dele no interior. Festa começou meio-dia, eu tive que trabalhar e só cheguei às cinco da tarde.

Fui chegando no portão e ouvi os parabéns. Cheguei bem na hora, pensei. Resolvo ir até a piscina (onde rolava a festa) cortando caminho por dentro da casa e encontro minha prima tirando o bolo de dentro da geladeira. Sim, estavam cantando parabéns sem o bolo, calculem o estado da galera. Minha prima pede minha ajuda pois está bêbada e o bolo está pesado. Carrego o bolo até a piscina enquanto sujo minha roupa com glacê - não tem lugar pra colocar. Galera estava cantando parabéns para uma mesa cheia de copos plásticos e restos de churrasco.

Nisso estou eu, um bolo de 10 quilos e 547 tios e primos bêbados querendo me abraçar. Arruma um lugar na mesa, gente, pelamor. Me livro do bolo e a filha da vizinha da minha mãe, que tem 2 anos e sei lá porquê me ama sai correndo da piscina e se joga no meu colo. Então agora sou eu, um vestido cheio de creme, uma criança de dois anos molhada no meu colo e 547 tios e primos bêbados querendo me abraçar. E sóbria.

Uma coisa é fato: nada como estar sóbria no meio de gente bêbada para se sentir muito querida.


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