Diário da mudança

Como você sabem estou me mudando para meu décimo primeiro lar. Embora já tenha me mudado tanto, nunca tive muita coisa pra carregar e depois de adulta é a primeira vez que eu transporto uma casa inteira. Já vou avisando coleguinhas: é um inferno. É desesperador. É ridícula a quantidade de coisas que eu, namorado e a gata acumulamos num apartamento de 60 metros quadrados ao longo de 4 anos. Eu encaixoto, encaixoto e tenho a impressão de que vou precisar continuar encaixotando pelos próximos 6 meses BUT: tenho que fazer isso até domingo pois os moço da transportadora vem na segunda.

Tá tranquilo, tá favorável

Nesse processo todo descobri várias coisas interessantes. Por exemplo, eu e namorado aparentemente somos obcecados por escovas de dentes (10 fechadas. DEZ), lenços de papel (15 pacotinhos) e cabos. 

Os cabos gente. Tem muito mais cabos que equipamentos eletrônicos naquela casa. Se esticar tudo dá pra chegar até Ubatuba. Dá pra montar um quiosque na Santa Efigênia só pra vender cabo. E isso que eu ainda nem cheguei nas minhas roupas.

Mas cheguei nos sapatos. E eu tenho nove (eu disse NOVE) botas marrons. Tem de salto, sem salto, tem riponga, arrumadinha, biker, over the knee, coturno, galocha e até uma ugg. Por que eu tenho uma ugg se eu moro num país tropical (abençoado por deus e bonito por natureza)? Jamais saberemos. Mas do coturno baqueadíssimo e da cano longo com salto capenga eu me livrei. Agora tenho sete botas marrons e ainda acho o número excessivo, mas seguindo os ensinamentos de Marie Kondo eu amo todas elas e não estou preparada para desapegar. Tem sapato lá que eu comprei em 2004 e esse merece um post só dele, aguardem.

Os DVDs. Tem blu ray naquela estante que ainda está no plástico. Mais de um, inclusive. Tem dois blu rays de Snatch porque um só não dá conta do quão maravilhoso (cof cof) é esse filme.  Tem coisa que a gente deve ter comprado bêbado tipo O fabuloso destino de Amélie Poulain e Tron 2. (mentira, a gente estava bem sóbrio quando comprou O fabuloso destino de Amélie Poulain pois éramos jovens, inocentes e ainda não tínhamos percebido o quanto esse filme é imbecil.)

Tem caixa pra tudo quanto é lado na minha casa. Estou vivendo sem bijuterias, sem maquiagem e com o cabelo branco porque eu já encaixotei a tinta. A gata me olha com cara de S.O.S. cada vez que eu chego.

Ainda faltam as roupas e a cozinha. Desejem-me sorte.


Comentários

  1. Acabei de passar por isso, mas com menos sofrimento porque gosto do exercício de revisão e desapego. Mas é, sem dúvida, um processo trabalhoso; boa sorte!
    Aquele Abraço,
    Helê

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  2. Passei a infância inteira me mudando, hoje tenho horror à palavra. Engrosso o desejo de boa sorte da Renata.

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  3. Só me mudei uma vez, na infância. Só de pensar na ideia, me dá desespero.
    Espero que tudo dê certo por aí!

    Beijos,

    Algumas Observações

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