Renascendo

Tem essa moça que eu conheço e com quem eu tenho uma relação basicamente profissional. Tenho essa relação com a família toda dela na verdade apesar da mãe, ao saber que eu tinha me separado, ter se lamentado "ai, minhas duas filhas separadas agora..."

Ela se separou depois de 12 anos casada. Dois filhos pequenos, 5 e 4 anos. Ex-marido maluco, surtado, cheio de manias e que não a deixava fazer nada. Família rica. Ontem, no final do período de aplicação das provas de Cambridge, comentou na secretaria da escola que queria ver o bloco do João Suplicy no Largo da Batata mais tarde. Eu primeiro me surpreendi com o fato de que o João Suplicy ainda existe, em seguida com a informação de que ele tem fãs e por fim ao saber que ela, que eu considerava toda certinha, queria ir a um bloco de carnaval. Estando eu nessa nova fase da vida chamada "pista", disse que iria com ela. E fui.

Chegamos e o bloco nem tinha começado. Encontramos o João Suplicy na padaria comendo um pão de queijo. Ela ganhou beijo, tirou foto. Dividimos, eu e ela, uma cerveja e um cigarro. Falamos mal dos ex. O som começou, umas 20 pessoas se juntaram para pular na frente do caminhão. Suplicy pai apareceu, tirou foto com todo mundo, vestiu colar de flor e fez trenzinho. Dividimos mais uma cerveja e um cigarro. Eu nem sonhava que ela fumava e bebia. Dançamos também, rimos, cantamos. Estávamos livres como há muito tempo.

A gente renasce sim. Nas situações mais improváveis. E como.


Não posso mais conversar com reles mortais, ganhei um beijo do Suplão

Comentários

  1. Me deu vontade de estar junto (porém não separei) ahahaahah

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  2. hahaha GENIAL!!
    se dar chances é tudo de bom mesmo!

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