Sobre hablar espanhol
Ontem foi um dia meio ruim então vou contar três causos da viagem pra desanuviar.
Eu estudei espanhol há muitos anos e não praticava faz tempo, achei que estava totalmente enferrujada. Inclusive garanti logo que sabia dizer "me viro" (me defiendo) quando me perguntassem se eu hablava espanhol.
(Parênteses - me defiendo no caso quer dizer: tenho uma noção regular do idioma, suficiente para usar transporte público, pedir informações e não morrer de fome com o mínimo de dignidade, ou seja, não pedir uma cueca-cuela por aí.)
Acabou que descobri que meu espanhol anda melhor do que eu imaginava, recebi uns elogios e já saí me achando a Shakira. Muito que bem.
Causo 1:
Tia Paula ouvindo a conversa entre um brasileiro e um equatoriano. Equatoriano aponta para o violão do brasileiro e pergunta se ele estudou o instrumento na escola. O brasileiro confunde estudió com estúdio em português e o equatoriano perde cerca de cinco minutos tentando fazer o brasileiro entender que não tinha nada a ver. Estivesse eu mais bêbada tinha interferido porque ô desespero. Brasileirada acha mesmo que sabe falar espanhol só que never (certeza que esse brasileiro aí fala cueca-cuela)
Causo 2:
Tia Paula senta para tomar café no hostel. Nem pisca e a funcionária já taca um ovo frito no meu prato. Pergunto se ela não pode fazer mexidos (revueltos, praticamente a Thalia, eu), ela responde que não pois já estão prontos e é um ovo por pessoa (hostel né?). Fico constrangida em recusar mas gente, pavor de ovo frito. Tento então explicar para ela que não como ovo frito e sai um "perdon, no cuemo huevos así".
Cuemo.
No cuemo huevos.
Quem é que soltou um cueca-cuela agora, heim? Heim?
Causo 3:
O dono do hostel em Isabela estava nos mostrando o mapa da ilha: "Se vocês quiserem ver flamingos, aqui nessa lagoa às vezes aparecem alguns, mas garantido mesmo só no cientro de creanzas que fica a uns cinco quilômetros do centro seguindo essa rota."
A gente deu sorte e viu uns flamingos de longe na tal lagoa e decidimos que não estávamos a fim de andar cinco quilômetros pra ir a um parquinho e nem entendemos direito porque raios haveria flamingos lá.
De volta a Santa Cruz, ao visitarmos a fundação Charles Darwin (responsável pela proteção das tartarugas gigantes da ilha) cruzamos com a placa "Cientro de creanzas" de novo e vimos um viveiro cheio de tartaruguinhas bebês (nhóóóóóim). E foi aí que a Frida Kahlo e a Penélope Cruz do espanhol aqui lembraram que criança em espanhol é niño e que cientro de creanzas não tinha nada a ver com criança e sim com criação.
Moral da história: meta pra 2018 é aprender espanhol decentemente e já comecei assistindo Ingobernable sem legenda.
Eu estudei espanhol há muitos anos e não praticava faz tempo, achei que estava totalmente enferrujada. Inclusive garanti logo que sabia dizer "me viro" (me defiendo) quando me perguntassem se eu hablava espanhol.
(Parênteses - me defiendo no caso quer dizer: tenho uma noção regular do idioma, suficiente para usar transporte público, pedir informações e não morrer de fome com o mínimo de dignidade, ou seja, não pedir uma cueca-cuela por aí.)
Acabou que descobri que meu espanhol anda melhor do que eu imaginava, recebi uns elogios e já saí me achando a Shakira. Muito que bem.
Sensual e poliglota
Causo 1:
Tia Paula ouvindo a conversa entre um brasileiro e um equatoriano. Equatoriano aponta para o violão do brasileiro e pergunta se ele estudou o instrumento na escola. O brasileiro confunde estudió com estúdio em português e o equatoriano perde cerca de cinco minutos tentando fazer o brasileiro entender que não tinha nada a ver. Estivesse eu mais bêbada tinha interferido porque ô desespero. Brasileirada acha mesmo que sabe falar espanhol só que never (certeza que esse brasileiro aí fala cueca-cuela)
Causo 2:
Tia Paula senta para tomar café no hostel. Nem pisca e a funcionária já taca um ovo frito no meu prato. Pergunto se ela não pode fazer mexidos (revueltos, praticamente a Thalia, eu), ela responde que não pois já estão prontos e é um ovo por pessoa (hostel né?). Fico constrangida em recusar mas gente, pavor de ovo frito. Tento então explicar para ela que não como ovo frito e sai um "perdon, no cuemo huevos así".
Cuemo.
No cuemo huevos.
Quem é que soltou um cueca-cuela agora, heim? Heim?
* cries in Spanish*
Causo 3:
O dono do hostel em Isabela estava nos mostrando o mapa da ilha: "Se vocês quiserem ver flamingos, aqui nessa lagoa às vezes aparecem alguns, mas garantido mesmo só no cientro de creanzas que fica a uns cinco quilômetros do centro seguindo essa rota."
A gente deu sorte e viu uns flamingos de longe na tal lagoa e decidimos que não estávamos a fim de andar cinco quilômetros pra ir a um parquinho e nem entendemos direito porque raios haveria flamingos lá.
De volta a Santa Cruz, ao visitarmos a fundação Charles Darwin (responsável pela proteção das tartarugas gigantes da ilha) cruzamos com a placa "Cientro de creanzas" de novo e vimos um viveiro cheio de tartaruguinhas bebês (nhóóóóóim). E foi aí que a Frida Kahlo e a Penélope Cruz do espanhol aqui lembraram que criança em espanhol é niño e que cientro de creanzas não tinha nada a ver com criança e sim com criação.
Moral da história: meta pra 2018 é aprender espanhol decentemente e já comecei assistindo Ingobernable sem legenda.
Emília Urquiza rainha achando que se ela cobrir a boca ninguém vai reconhecê-la
hahahahh estudei espanhol há uns 5 anos, mas era tanta farra na sala (só tinha adultos), que o espanhol ficou meio que cueca cuela. hahahaah ri muito com as hitórias.
ResponderExcluirbeijosss