O musical da bad parte II - Limp

Hoje eu vou falar sobre a raiva.

A raiva foi um sentimento constante ao longo de boa parte da minha bad de fim de relacionamento. Ela chegou acompanhando a constatação de que eu tinha sido manipulada, abusada psicologicamente e traída durante pelo menos uns três anos e, sendo muito honesta, essa raiva ainda não foi embora. E eu acho que ela vai continuar por aqui enquanto eu não souber que o karma enfim pegou o falecido no momento em que ele distraidamente virava uma esquina, já que aqui não trabalhamos com perdão. Elevação espiritual é no outro guichê, galera.

Mas mais do que tudo que ele fez comigo, a raiva maior é não poder falar abertamente a respeito disso. É não poder escrotizar e avacalhar publicamente macho abusivo por motivos de: se eu fizer isso a louca sou eu. Nessas horas eu gostaria de ser a Fiona Apple para fazer AQUELA música de mandar ex tomar no cu tipo Limp, nossa segunda canção no musical da bad.



And when I think of it, my fingers turn to fists                   Quando eu penso nisso, meus dedos viram punhos
I never did anything to you, man                                       Eu nunca fiz nada pra você, cara                                     
But no matter what I try                                                     Não importa o quanto eu tente
You'll beat me with your bitter lies                                     Você me vence com as suas mentiras amargas
So call me crazy, hold me down                                        Então me chame de louca, me segure
Make me cry, get off now baby                                          Me faça chorar, vá embora agora, baby
It won't be long 'til you'll be                                                Não vai demorar para que você esteja
Lying limp in your own hand                                              Imóvel e fraco por sua própria culpa






"Ah, mas você sente raiva, quer dizer que ainda se importa." Olha, nem um pouco. Como eu mesma já escrevi aqui, a raiva pode ser boa. Ela não deixa que a gente esqueça e caia na mesma armadilha outra vez. Meus mais sinceros desejos de foda-se para você, meu bem. You know who you are.

Comentários

  1. Parabéns, coloque fogo no cabaré quantas vezes for necessária. Estou passando por uma situação semelhante mas em relação a laços familiares sanguíneos. Não é moleza, mas é só quando a gente sai do meio daquela coisa tóxica é que a gente tem a capacidade de ver o tamanho da doença alheia.

    Beijos!

    www.vivendolaforanoseua.blogspot.com

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    Respostas
    1. Obrigada! Falar sobre isso aqui me ajuda bastante mas a vontade é de falar diretamente pra cada um que continua orbitando aquela pessoa, né? Força aí e que você consiga sair ainda melhor dessa situação toda.

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  2. Tenho pra mim que uma hora todo mundo cansa da pessoa e ela acaba sozinha nesse mundão. PACIÊNCIA, MAS O KARMA DELE CHEGA! <3

    Limonada (antigo Novembro Inconstante)

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