Vai ficar tudo bem

Está acontecendo neste momento em Caxias do Sul a Braz-Tesol, que é a maior conferência de professores de inglês do país. Ela acontece a cada dois anos e eu participei pela primeira vez da edição anterior, que foi em Brasília.

Muitos amigos meus estão lá. Sou muito grata por ter contato com gente tão foda que está se apresentando, discutindo, se desenvolvendo. Temos um grupo de whatsapp e estou acompanhando muito da conferência por lá, com um misto de orgulho mas também um pouco de tristeza.

Tristeza, não inveja. Porque eu poderia estar ali. Eu tinha total condição de mandar uma proposta e me apresentar, eu sou qualificada pra isso. E ainda que não me apresentasse, eu tinha dinheiro e dias de folga para estar lá agora prestigiando meus colegas e enchendo a cara de vinho. Mas eu não estou e eu nem sei o motivo.

O fato é que o último ano e meio me paralisou completamente. No começo eu encarei isso como uma reação normal à separação: eu precisava concentrar meus esforços em ficar bem, minha vida podia esperar um pouco para caminhar. Mas essa semana, vendo todo mundo animado fazendo as malas para a conferência eu percebi que eu agora não estava mais parada porque eu queria. Eu estava porque não conseguia me mover. E eu decidi procurar ajuda.

É horrível admitir que a gente tem um problema e que vai precisar de mais do que pensamento positivo e boas vibrações para melhorar isso. Mas é o que tem pra hoje.

E o plano pra 2020 é estar lá com eles (e tomara que seja uma cidade com praia porque né? Caxias do Sul no inverno é de foder).