Tô de volta, putada!

Dois anos sem passar por aqui. Dois anos, dois meses e dez dias. Fiz três tatuagens, comecei e terminei um relacionamento, mudei de emprego, raspei a cabeça e fiquei loira, depois azul, depois laranja, rosa e agora roxo. Assisti Lost (o final é bom sim e quem discorda vai lá discutir com o Thiago). Sobrevivi à pandemia sem me contaminar e sem perder nenhuma pessoa próxima. Terminei a pós-graduação e voltei pra terapia. Apesar dessa bad trip escrota na qual a gente se meteu (alô Medo e Delírio em Brasília) a vida aqui na República Independente de Paula Borges não está tão ruim assim. 

Eu voltei pra terapia porque estava sofrendo por amor. Levei um pé na bunda meio inesperado de um relacionamento de um ano que tinha começado um mês antes da pandemia e acho que por isso foi extra intenso. Passamos praticamente um ano vendo só um ao outro, lidando juntos que a completa loucura que foi 2020, então quando em Fevereiro de 2021 ele simplesmente decidiu que não queria mais, eu desmoronei. E fui tentar entender o que tinha acontecido. Spoiler: não consegui. 

Pensando agora em retrospecto, é meio óbvio que a terapia não iria me dar a resposta que eu queria, que nem ele conseguiu me dar. Ele me disse que eu era passiva. Talvez eu seja passiva. Talvez eu apenas seja sagitariana e cansada. O fato é que desde que eu me conheço por gente meu mantra sempre foi "tem raivas que eu posso escolher não passar" e dessas, meus amigos, eu abro mão mesmo. Porque já basta as que a gente não pode escolher. Se "eu escolhi não tretar" é ser passivo então eu sou, queridos. Passiva pra caralho. A pergunta que eu deixo aqui é: "eu sou passiva ou você é que se alimenta do caos? Fica o questionamento." Enfim, conjecturas. A triste verdade é que de vez em quando eu ainda sinto uma saudade filha da puta dele, mas vai passar. Tem que passar.

Tem um milhão de coisas sobre as quais eu quero falar aqui, mas vou fazer aos poucos para não ficar tão aleatório. Como se a vida não fosse mesmo esse amontoado de aleatoriedades que de vez em quando fazem sentido, mas só por coincidência. 

TÔ DE VOLTA, PUTADA!